quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mar de memórias

Tá, que eu sou nostálgico não é novidade (talvez só nesse blog rs)...
Mas esses dias de FUVEST me fazem mergulhar totalmente no comecinho de 2009 quando o sentado nas cadeiras de madeira pequenas demais pra fazer a prova, o moço com torcicolo e com ansiedades mil era eu.
Fiquei ontem, antes de dormir, repassando todas as emoções... Desde o tapinha nas costas e o 'Boa prova do Nogueira (professor de Geografia do cursinho, daqueles mais mal-encarados e sarcásticos possíveis) até o solzinho batendo na cara e a sensação de liberdade começando a borbulhar nas entranhas pós última prova da segunda fase..
Veio tudo...
A lembrança de estar com uma puta dor nas costas todos os dias da segunda fase (dor fodida que veio antes do torcicolo das cadeiras 'inadequadas').
A sensação de ter zerado tudo na primeira prova...
A sensação de ter fugido do tema da redação...
O incômodo que ficou depois de ter saído da prova de Geografia meia hora antes, por ter ficado cansado o bastante pra responder direto, sem rascunho...
A quase paralisia manual depois de fazer rascunho e resposta definitiva pras provas de Português e de História
O stress e ansiedade alternadamente contidos e liberados no mês entre o fim da segunda fase e a publicação da lista de aprovados...

Como é bom se enganar...
Achar que foi um lixo em tudo que era possível ser um lixo e um mês depois perceber que não, que valeu alguma coisa aquelas tantas horas em cima da mesa de manhã, lendo os "Intocáveis" do cursinho...

Sei lá, viajei muito nessa sensação. Além do que, acho que ter muitos protos no MSN e ter saído com a Daniella hoje depois de ela terminar a última prova só fez intensificar esse meu lado...

Fora isso rola, paralelamente, uma ansiedadezinha pra ver o resultado do ranqueamento da Letras. Pra quem não sabe, lá na USP rola pra Letras uma distribuição de vagas para cada habilitação e o critério avaliativo para preenchimento dessas vagas é a nota ponderada do aluno durante os 2 semestres do Ciclo Básico (ou seja, o primeiro ano)... Eu ranqueei para Lingüística e optei por cursar Português (que não entra no ranqueamento e é disponibilizado a todo estudante que quiser cursar). O fato #fail da noite é que eu achei que o resultado saía nos dias 6 e 7 de Janeiro, mas como acabo de verificar os dias são SETE E OITO. Raaaaiva, mas beleza...

Para fazer um link ao post anterior (e para dar um toque para minha mãe e seus comentários não muito coereeeentes com os posts, né mãe?!), digo que minha nostalgia é algo quase essencial para mim, mesmo que eu tente afastá-la ou mesmo destrui-la às vezes. É como se eu me alimentasse de passado e o presente para mim fosse pouco percebido ou percebido cinzamente... Mas aos poucos, a gente aprende a curtir a nostalgia nas suas faces mais agradáveis e doces e enterrar as reminiscências que espetam, que nos cutucam e nos fazem pensar "Por que eu não agi daquela forma?" ou muitas vezes "Por que ele fez aquilo e não isso? Por que teve que ser dessa forma?". E assim vamos apagando as mensagens de texto cristalizadas, as frases cujo reflexo tornou-se opaco e sorrindo para as novas mensagens, aquelas que fazem sentido...



Quase fiz um novo post, mas acho que no final seria inútil, por isso coloco minhas indicações de leitura e cultura por aqui mesmo:



A primeira se refere a uns livrinhos que o Junior me emprestou há um bom tempo e que só agora estou tendo tempo e disposição pra ler. Trata-se de uma série de pequenos livros sobre a esquizofrenia. Não é algo puramente psiquiátrico com linguagem intrincada. Os livros colocam-se justamente contra isso: são soma de visões (os próprios esquizofrênicos, os seus familiares, a comunidade a que pertencem e os profissionais de saúde que lhes dão assistência) acerca da doença e da dificuldade que aqueles que a têm (e dos que os cercam) passam justamente pela diferença e choque que a visão de cada um desses setores apresentam. Enfim, vale muito a pena ler, principalmente pra fazer cair por terra o preconceito que há dentro de si e contribuir pra queda desse enorme estigma que persegue os esquizôfrênicos.
De autoria de Jorge Cândido de Assis, Cecília Villares e Rodrigo Affonseca Bressan, é uma publicação feita pelo PROESQ (Programa de Esquizofrenia), pela ABRE (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portdores de Esquizofrenia) e pela AstraZeneca.

O site da PROESQ disponibiliza a versão pdf dos livretos. Aqui vai o link: http://proesq.institucional.ws/conversando/Livretos/tabid/144/Default.aspx

A segunda dica é audiovisual. Pois é... Voltei a assistir InuYasha. Acho que a expressão mais exata seria: InuYasha voltou para mim. Isso porque foi lançada, em outubro ao que parece, a segunda temporada do anime, denominada Inuyasha Kanketsu-hen. Nem preciso falar o quanto esperei por essa continuação e finalmente veio. Agora estou me deliciando (apesar de tentar me conter, já que foram lançados, por enquanto, apenas 13 episódios e ficar esperando semanalmente é algo beeem dolorido) e vendo o upload sutil que cada personagem ganha. Além disso, fiquei maravilhado com a manutenção da trilha sonora, que, diga-se de passagem, continua me arrepiando...! Enfim, quem ainda se lembrar (saudosamente, aha!) do hanyou maldito, da sacerdotisa eternamente "adoentada", do monge safado, da exterminadora ciumenta, da raposa sapeca, da pulga inconveniente, do petulante cachorro, do agudo demoniozinho verde e da Pollyanna nipônica de kimono laranja quadriculado, eu digo: se jogue! *___*




Enfim, se vocês me dão licença, vou lavar a louça. Boa noite.

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