segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Let's start the party?

A promessa que eu fizera de mim pra mim era montar esse blog na noite de Reveillon, enquanto os convidados da Fernanda e ela mesma não estivessem usando o PC dela, maaaas... Ficou pra primeira segunda-feira do ano... E que beleza, hein?

Quanto ao título...
Refúgio porque me escondo, porque fujo, porque me enfado e me prostro.
Refúgio porque farei dessa minha Rivendell/Valfenda, a última grande cidade a manter o fogo dos eldar aceso.
Leux porque é esse o apelido simpático e ao mesmo tempo afetado que o Diogo/Milrëm me deu semestre passado.

A idéia para o Reveillon era listar metas pra 2010, mas no fundo eu sabia que falaria mais das reminiscências de 2009, principalmente do último trimestre... Afinal, elas refletem muito do meu estado emocional atual, fazendo-se também 2010.

Falando em 2010... Chegando aos 20 anos.
Por ironia do destino algumas mudanças bem fortes (ao menos pra mim) resolveram despertar um pouco antes, me atingindo aos 19.
Eu diria que tais mudanças tem tudo a ver com a minha enfim submissão ao convencional, à perda de muitos escudos e ícones da adolescência que tinham sido radical e fervorosamente defendidos até ali.
Sim, a excentricidade me era e ainda é interessante. No entanto, eu me descobri enredado por várias situações em que aquilo que todos viviam e para mim parecia banal, contornável, evitável com um pouco de força de vontade, era justamente o que "acometia" a mim.
Decidi então começar a flexibilizar toda aquela defensiva (que eu comecei a enxergar como um grande vontade de ser não só diferente, mas superior a toda humanidade, que até ali era alvo de uma combinação de desprezo e resignação/conformismo por dela participar) e aceitar que aquilo não era uma provação, que eu tinha que superar ou "pular", mas sim uma fase da minha evolução como qualquer pessoa...
E agora, depois de ter passado por algumas dessas situações, eu vejo o quão estúpido foi retardá-las... Vivo pelos cantos reclamando, agora, que podia ter feito e sido tudo isso aos 14 anos.

Sim, se tem algo que ainda não mudou e eu duvido que mude por um bom tempo é meu comportamento reclamão/ranzinza. E esse blog é apenas um reflexo dessa minha posição na vida, então se não estiver a fim de passar a vista por desabafos e impropérios de insatisfação, sugiro que fuja enquanto ainda é tempo xD

Acho que o que puxou a alavanca final para que esse eu finalmente tivesse a iniciativa de vir criar esse blog foram os textos de Elisa Quadros e Valeria Sameraro, essas duas Redatoras de Merda. Estava eu sem o que fazer nesse dia torrencial e li alguns posts desse blog, recomendado pela Mumu no Twitter... Posso dizer que os achei mui bem escritos (pelo estilo) e que vieram bastante a calhar pro meu humor atual. Enfim, recomendo a leitura aos menos iludidos o/

E acho que é isso... Para um post inicial tá ótimo. Pros próximos (que vejo que serão mais freqüentes do que qualquer blog ou flog que eu já tive), deixo meus pseudopoemas. E espero quem sabe poder finalmente mergulhar em algo que lembre prosa rs

Meus cumprimentos aos que sobreviveram a esse Reveillon e a essa primeira segunda-feira.

2 comentários:

  1. Alê, nós - seres humanos - temos essa péssima mania de tentar adormecer algo que sabemos que não poderá simplesmente ser ignorado. Alguns irão conseguir ignorar o fato por um longo período, porém serão completamente infelizes - porque estarão sempre fadados a uma vida de mentiras e de ilusões. Outros, resolvem encarar o fato como uma experiência - que pode ser uma fase ou pode ser uma verdade absoluta. Como disse a Alice Ayres em Closer, "sempre há um momento em que dissemos VOCÊ PODE VIVER SEM ISSO", mas será que seria uma verdade? E como aconteceu em Closer, era tudo uma mentira. Há circunstância em que sempre devemos encarar a verdade. Enfim, filosofei também. Espero que tenha sacado como eu saquei, hã? Beijos, Alêêê!
    Obs. Um 2010 maravilhoso para nós, guri!

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